
CAPÍTULO 1. ESTRUTURA VETORIAL DO PLANO E DO ESPAÇO 6
É fundamental observar que dado um vetor podemos escolher livremente “o ponto onde inicia
tal vetor”, ou seja, dado um vetor e um ponto podemos e scolher um vetor aplicado q ue inicia nesse
ponto e que possui a mesma intensidade, direção e sentido do vetor. Cada vetor aplicado com a
mesma direção, sentido e comprimento do vetor, é dita ser um representante do vetor.
É importante q ue fique clara a seguinte diferença: se por um lado vetores aplicados ficam bem de-
finidos pela escolha de direção, sentido, com primento e origem, por outro, vetores preci sam apenas
de direção, sentido e comprimento. Isso significa que consideramos equivalentes segmentos orienta-
dos que são paralelos, apontam no me smo sentido e tem o mesmo comprim ento, mas consideramos
iguais vetores para lelos, de mesmo sentido e com mesmo comprimento.
O vetor cujos representantes são segmentos orientado nulos, ou seja com pontos iniciais e finais
coincidentes será denominado vetor nulo. O vetor nulo será denotado por
−→
AA ou por 0.
Denotaremos os vetores utilizando fontes minúsculas em negrito a, atra-
vés de uma flecha superior:
−→
a ou ainda no caso em que tivermos dois pontos
A e B, denotaremos por
−−→
AB o vetor que tem como representante o vetor apli -
cado
AB. Graficamente vetores são representados como flechas, no qual a
ponta da flecha aponta no sentido do vetor.
Dado um vetor e um segmento que o representa, teremos que a direção
do vetor é a direção desse segmento, o sentido vem de termos escolhido uma
orientaçã o no segmento, ou seja de term os escolhido um ponto inicial e final e
o compri mento de um vetor é o comprimento do segmento que o representa.
Como consequência dos axiomas de congruência da geometria Euclideana,
temos que dado um segmento (ou um representante de um vetor) e um ponto
podemos construir um segmento paralelo e de mesmo comprimento iniciando em A. Se denotarmos
por B o ponto final desse segmento, então t eremos provado o seguinte resultado.
Proposição 1.4 Dados um vetor v e um ponto A, existe um único ponto B tal que o vetor aplicado AB é represen-
tante de v, ou seja, tal que v =
−−→
AB.
O comprimento de um vetor v =
−−→
AB será também denominado norma do vetor e será denotado
por kvk ou ainda por k
−→
ABk.
Notação 1.5 O conjunto de todos os vetores de E
3
será denotado por V
3
. De modo análogo, denotaremos por V
2
o conjunto de vetores associados a E
2
, i.e. classe de equivalência de segmentos de retas no plano.
De modo geral, conceitos envolvendo vetores são definidos utilizando seus representantes.
Nesse espírito temos as seguintes de fi ni ç ões:
Diremos que dois vetores são paralelos quando seus representantes tiverem a mesma direção ou
quando um desses vetores for o vetor nulo 0. O termo vetores pa ralelos inclui o caso especial onde